Parque Nacional da Peneda-Gerês



Produtos Locais


Gastronomia

Gastronomia

Gastronomia

A gastronomia da área do PNPG varia consoante as zonas.
Na zona de Castro Laboreiro, os pratos típicos incluem Carne de Cabrito de Castro Laboreiro, Bifes de Presunto, Presunto de Castro Laboreiro, Enchidos, Broa Centeia e Broa Milha. Há também dois doces típicos: Bucho Doce e Sopa Seca de Pão Duro. O vinho é o Alvarinho. O fumeiro tradicional de Fiães abrange todo o tipo de enchidos produzidos nesta zona. Porém, existem particularidades que o diferem do bem conhecido Fumeiro Tradicional de Castro Laboreiro.
Na zona da serra do Soajo/Amarela, são muitos os pratos típicos confeccionados, mas salientam-se as Papas de Sarrabulho, os Rojões, o Cozido à Portuguesa e a Lampreia. Na doçaria regional incluem-se Charutos de Ovos Moles, Rebuçados dos Arcos, e Doçaria Sortida.
No Barroso, os pratos típicos são o Cozido à Moda do Barroso, a Vitela Barrosã Assada na Brasa, ou Estufada no Pote, e a Truta Recheada. Também é zona de fumeiros e de pão de centeio.

O queijo típico do Parque é o Queijo da Cachena. Este bovino pasta livremente na serra, aproveitando os pastos naturais e abundantes. A sua alimentação é, por vezes, complementada com alimentos produzidos nas explorações agrícolas da região, o que permite a recolha de um leite puro e de características únicas. O queijo produzido é gordo, de pasta semi-mole, e apresenta uma cor amarelo palha natural. O tempo de cura médio é de 45 dias e deve ser consumido num prazo máximo de 60 dias após a cura. É comercializado pela Cooperativa Agrícola de Arcos de Valdevez e apresenta-se ao público em embalagens cilíndricas de 400g e 1kg.


Artesanato

Artesanato Na sua forma mais genuína, as actividades artesanais faziam parte do quotidiano do meio rural. Isoladas, as populações serranas tinham de suprir todas as suas necessidades mais imediatas, socorrendo-se dos recursos locais e do seu engenho.

Cestaria

A cestaria era uma actividade tradicional bastante implantada que servia de suporte financeiro a inúmeras famílias. Divide-se em cestaria tradicional e de junco, com a produção de vestuário para proteger os pastores do frio e da chuva. 
A sua técnica reverte-se para a colagem das «tiras» (nome atribuído à madeira cortada e tratada), umas na vertical e outras na horizontal, em quantidade variável e de acordo com o artigo pretendido. Estes produtos são feitos com madeira de mimosa, salgueiro, amieiro, freixo, carvalho e castanheiro.  
Esta actividade tem vindo a desaparecer, devido à concorrência dos plásticos, mas ainda subsiste em regiões onde o artesão foi capaz de se adaptar às novas circunstâncias, passando a ter uma função essencialmente decorativa. 
O cesteiro fazia todo o tipo de cestas e cestos necessários às várias tarefas agrícolas e do quotidiano: o canastro, o cesto vindimeiro, a cesta da feira, etc. Nas freguesias de Ermida, Germil e Entre-Ambos-os-Rios, surge um cesto de forma única: quadrado do fundo até meia-altura, alarga-se depois, tomando uma forma arredondada. 
Quanto à cestaria de junco, os seus principais produtos são a croça (capa colocada sobre os ombros), o croço (croça sem capucho) e o corucho (protecção para a cabeça). Estes produtos faziam parte do vestuário das zonas serranas, visto que constituíam uma protecção eficaz para o frio e a chuva. Em quase todas as povoações, existia um artesão mais habilidoso que fornecia os vizinhos. Também estas peças perderam a sua função original, ganhando actualmente uma função decorativa.


Tecelagem em lã

Numa paisagem agreste e de altitude, com um coberto vegetal pobre, a criação de gado ovino e caprino surge naturalmente. A ovelha e a cabra não só asseguravam um rendimento mais ou menos seguro, pela venda de crias, como abasteciam as famílias de leite e carne. Mas numa região de invernos rigorosos e de actividades económicas que obrigavam a percorrer os cumes das serras com vento, chuva e neve, a ovelha fornecia ainda uma importante matéria-prima: a lã.
Pisoada (batida num engenho de forma a tornar-se mais resistente e maleável) ou apenas tecida, a lã dava resposta a quase todas as necessidades de vestuário da população: capas, calças, meias, calções, gorros, mantas, cobertores, etc. 
Desvalorizadas por alguns, dada a sua rusticidade, a verdade é que estas peças são manufacturadas com uma lã pura e segundo técnicas tradicionais.